quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Santo Antonio Maria Claret e o antigo Seminário Claretiano de Esteio

Aos 10 anos Padre Claret fez a Primeira Comunhão e visitava assiduamente com a sua irmã Rosa a pequena Igreja de Nossa Senhora de Fusimanya.

  A população esteiense transita há muitos anos pela avenida Padre Claret, antiga rua Santo Antônio Maria Claret, uma das principais artérias do Município, conhece muito bem a história do antigo Seminário Claretiano, a Escola Estadual Santo Antônio Maria Claret, a Igreja Imaculado Coração de Maria, o Parque residencial Claret e são testemunhas das inúmeras obras dos abnegados filhos desta conceituada Congregação, conhecida como Claretianos, da qual o Padre André Carbonera sempre foi o mais ilustre, conhecido e atuante representante na região, mas poucas pessoas sabem realmente quem foi o fundador desta Ordem religiosa e qual a sua obra.

Nesta edição vamos apresentar um resumo da vida deste Santo que foi um dos baluartes da fé Católica, autor de uma obra que atravessou o século XIX chegando até Esteio, muito antes da fundação oficial da cidade em 1955 e que está aqui até hoje.


Santo Antonio Maria Claret: o Apóstolo do Nosso Tempo

  O Padre Claret nasceu em Sallent, Barcelona, Espanha no dia 23 de dezembro de 1807, e foi batizado no dia de Natal do mesmo ano, com o nome de Antônio, mais tarde quando foi nomeado Bispo, ele próprio acrescentou ao seu nome, o de Maria. Foi confirmado em Sallent pelo Arcebispo de Palmira Dom Félix Amant, dia 12 de dezembro de 1814. Fez a Primeira Comunhão em 1817; É filho de João e Josefa Claret, que tinham mais dez filhos e possuíam uma pequena fábrica de tecidos situada no andar térreo da residência do casal, contando com um pequeno número de funcionários.

  Antônio Claret. Com 1,55 cm de altura, foi operário aprendiz da fábrica, depois governando um tear, chegou a ser um mestre consumado, industrial, seminarista, sacerdote, pároco, missionário, educador, fundou em 16 de julho de 1849 a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, em 1852, o Instituto Apostólico de Religiosas de Maria Imaculada, uma Instituição totalmente voltada para o ensino e conseguiu em 1870 a aprovação definitiva desta Congregação que existe até hoje em vários Países, em 8 de dezembro de 1864 fundou às Bibliotecas Populares e daí em diante foram mais de 50 bibliotecas e diversas escolas. Também foi Arcebispo, educador, escritor, propagandista de boas leituras e taumaturgo. Em 5 de junho de 1857 foi nomeado confessor e conselheiro da Rainha Isabél II da Espanha. Foi Arcebispo do Concílio Vaticano e Santo da Igreja Católica. Antônio, neto de João Claret, viajou para Barcelona a fim de estudar e trabalhar na indústria têxtil em 1825.

  Foi salvo milagrosamente, dizem por Nossa Senhora, em 1928 quando estava a ponto de morrer afogado no mar. Lá, por ter vocação religiosa, fugiu do envolvimento com uma linda mulher que apaixonou-se por ele. Diante da infidelidade de um amigo e ao perceber que começava a diminuir o espírito de piedade, abandonou tudo para entrar para a vida religiosa em 1829, repetindo a si mesmo: “De que vale ganhar o mundo, ser perder a minha alma?”

   Dirigiu-se para o Seminário de Vich, frequentando como aluno externo, sob a orientação do Padre Bach, juntamente com Jaime Balmes, durante algum tempo pensou em entrar na Ordem Religiosa Cartuxa, mas desistiu. Cursou três anos de Filosofia e sete de Teologia, dedicando-se ao mesmo tempo também ao desenho. Em 21 de dezembro de 1833, recebe na Igreja de São Felipe Neri, as ordens menores pelo ilustre Sr. Corcuera. Pelo mesmo senhor em 17 de maio de 1834 é ordenado Subdiácono na Igreja de Santo Justo. Em 20 de dezembro de 1834 o mesmo prelado também confere a ele o Diaconato na Igreja de Vich. O Bispo da Diocese Frei Juan José de Tejada, ex-geral dos Mercedários, decidiu ordenar o seminarista Antônio Claret, aos 28 anos, no dia 13 de junho de 1835, como sacerdote mesmo antes de terminar os estudos. Dizia ele ao Padre Fortunato Bres: “Quero ordenar logo a Antônio por que há nele alguma coisa extraordinária”. O Padre Claret celebrou a sua primeira missa dia 21 de junho de 1835 e continuou estudando em particular por mais três anos.

  Foi Vigário cooperador na sua terra natal, assumindo depois a responsabilidade da Paróquia onde permaneceu 4 anos e onde era chamado pelo apelido de “Padrezinho da Sallent”. Depois foi chamado para as ilhas Canárias. Dali partiu a pé para Roma em 6 de outubro de 1839, afim de incumbir-se da propaganda e expansão da religião, além de fundar uma Congregação de sacerdotes para pregar Missões. Em Marcela fez o restante da viajem em navio. Chegando a Roma entra para a Companhia de Jesus em 3 de março de 1840 (Ordem dos Jesuítas) em Santo André de Monte Cavallo (hoje desaparecida), fica enfermo e sai do noviciado dos filhos de Santo Ignácio de Loyóla com autorização do Padre Roothan, Geral dos Jesuítas. Com eles aprendeu a praticar os “exercícios espirituais” que tornou-se uma obsessão durante toda sua vida. Foi missionário na Espanha, nas Canárias e na Ilha de Cuba. Em Roma foi nomeado Vigário Coadjuntor de Viladrau, onde fez inúmeras curas de doentes e participou do Concílio Vaticano. Aos 33 anos foi elevado ao  Ofício Missionário Apostólico. Obrigado pelas circunstâncias fez seu segundo noviciado em Pruit. Percorreu toda a Catalunha, pregando a sua religião, fazendo sermões e operando a multiplicação de muitos milagres. Repetindo o seu primeiro milagre que aconteceu num incêndio em Viladrau, no inicio de sua vida missionária. Viveu orientando várias fundações de Congregações religiosas, na pobreza pregando e confessando durante o dia, escrevendo e orando durante a noite, sem nunca abandonar o costume de visitar os doentes e socorrer pessoalmente os pobres.


 
Arcebispo de Cuba

  Em 1848 logo após a fundação da “Livraria Religiosa” em Barcelona, Padre Claret foi nomeado Arcebispo para Arquidiocese de Santiago de Cuba no dia 6 de outubro de 1850. Chegou na ilha de Cuba dia 16 de fevereiro de 1851 onde recebeu poucas glórias e muitas cruzes. Fundou dia 26 de março de 1952 o Instituto das Religiosas de Maria Imaculada para o ensino, entre outras Missões Religiosas, reformou o clero, reorganizou o seminário e fundou casas de ensino. Seu trabalho maior foi pregar, catequizar, tutelar os escravos, zelar pela moralidade, auxiliar os enfermos, consolar e socorrer vítimas de terremotos e da peste, fundando caixas de socorro mútuo, granjas, biblioteca populares, realizando a transformação espiritual da ilha, mesmo sofrendo calúnias, perseguições e atentados. Durante os seis anos que passou em Cuba, distribuiu mais de 200 mil livros religiosos gratuitamente.
 
Padre Claret sofre atentados e muitas perseguições

  Após sofrer várias calúnias, perseguições e ter a sua residência incendiada, sofreu um atentado contra a sua vida onde foi ferido no dia 1 de fevereiro de 1856, na cidade de Holguin. Quando saia de igreja, um inimigo da religião usando uma navalha cortou o seu rosto desde a orelha até o queixo ferindo também o braço. O Arcebispo Claret o perdoa e consegue livrá-lo da morte. Este foi apenas o primeiro atentado entre tantos outros que sofreu. Não podendo roubar-lhe a fama quiseram inúmeras vezes roubar-lhe a vida pelo veneno. Incêndio, revolver e navalha.

 
Incansável Pregador

  Pregou em todos os recantos da Espanha onde foi confessor da Rainha e por isso caluniado pelos seus inimigos e finalmente exilado pela revolução em 30 de setembro de 1868, sendo glorificado naquele país somente depois de sua morte. Claret chega em Roma no dia 2 de abril de 1869, após ter passado pelas Canárias e Cuba pouco depois da fundação da Congregação e ter sido separado dos seus Missionários com quem sempre manteve contato, mesmo quando esteve em Portugal e na Itália. Em Paris, na França ficou hospedado no Pensionato de São José das Irmãs de Belley, lá assim como nos outros lugares, também fez ouvir a sua voz quando pregou mais de 25 mil sermões, numa média de quase mil por ano. A noite escrevia livros e opúsculos destinados a todas as classes de pessoas. Dormia muito pouco e às vezes nem deitava na cama. Escreveu 144 obras com mais de 21 mil páginas. As edições de seus livros renderam 6 milhões de volumes, com um bilhão e quinhentos milhões de páginas. Fundou em 1848 a “Editora Religiosa” e até 1866, já havia publicado 2.811.100 volumes, 2.509,500 opúsculos, 4.249.200 estampas de catecismo num total de 9.569.800 trabalhos. Em 1858 fundou a “Academia de São Miguel”, em nove anos distribuiu gratuitamente 1.071.003 livros, 1.734.022 estampas, 25.311 medalhas, 2.112 crucifixos, 10.111 terços, emprestou 20.396 livros e repartiu incontáveis números de folhetos, volantes e opúsculos. A maioria dos seus livros foram destinados à formação do caráter, como: “O Colegial Instruído”, e “A Colegial Instruída”.

   Padre Claret, este Apóstolo Mariano, foi um gênio da propaganda, um publicitário de grande estilo, sem auferir o menor lucro. Muitos destes 144 livros tiveram numerosas edições em vários idiomas, juntamente com opúsculos, livretos, folhetos, boletins e folhas volantes distribuídos gratuitamente. Muito do quanto recebia com Arcebispo, confessor e os fartos donativos que lhe eram dado aplicava na impressão de suas obras e na compra de outra para serem distribuídas. Unindo todos os escritos do Padre Claret, dariam 400 mil quilômetros, distância superior a que existe entre a Terra e a Lua. Somente o livreto “O Caminho Reto” foram editados mais de 2 milhões de exemplares, um fato extraordinário, considerando-se a lentidão da composição e das impressoras daquele século.

  Em 24 de abril de 1869 foi recebido em audiência por Pio IX nesta oportunidade Claret faz algumas profecias que deixara o Papa emocionado e a partir daí é chamado pelo Santo Padre de “Homem todo de Deus”. Em 29 de junho de 1868 o Papa convocou um Concílio Ecumênico que foi aberto no dia 29 de dezembro de 1869, entre 767 Cardeais, Arcebispos e Bispos destaca-se pela sua oratória um Arcebispo humilde de estatura baixa, doente, alquebrado pelo peso dos anos, do trabalho, das perseguições e dos atentados. Era o Padre Claret que no dia 3 de maio de 1869, defendeu brilhantemente a infalibilidade do Pontífice, discutiu a definição de dogma, falou mais com o coração do que com os lábios: “Oxalá pudesse eu consumar sacrifício começado em 1856 ao sair da igreja depois de pregar a fé...” e mostrou a cicatriz do rosto e do braço declarando estar pronto a derramar todo seu sangue para defender o dogma da infalibilidade do Papa. Após o Concílio o filho do Imaculado Coração de Maria foi para o Colégio de Prades na França aonde chegou no dia 23 de junho de 1870, para viver com seus missionários.

 
A Fundação da Congregação do Imaculado Coração de Maria

  Inspirado por Maria Imaculada, conforme revelou e com mais cinco jovens sacerdotes: Sala Clotet, Fábregas, Vilaró e o seu companheiro de São Basílio, de Roma, o Padre José Xifré, reunidos num pequeno quarto do Seminário  de Vich, mobiliado com uma mesinha, uma cadeira e um banco sem encosto, e pendente da parede um crucifixo e um quadro da Mãe do Divino Amor, deu início a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. A finalidade principal da Congregação fundada no dia 16 de junho de 1849 é de salvar as almas de todo o mundo por todos os meios possíveis. Naquela oportunidade o Padre Claret dizia: “Hoje começamos uma grande obra e como é coisa de Deus jamais desaparecerá”. Era necessária esta convicção, pois no dia 11 do mês seguinte recebeu a notícia da sua nomeação como Arcebispo de Santiago de Cuba.

  Vários filhos desta Congregação selaram a sua fé e amor a esta Ordem Religiosa com o próprio sangue e martírio. Mais de 3.000 membros ativos continuam hoje as obras do fundador espalhados por todo o mundo em mais de 350 residências, seminários colégios, igrejas, missões, universidades e paróquias, dirigindo editoras, jornais e revistas.


Projeto da Igreja Coração de Maria 1940
Padre Claret foi o maior missionário católico dos últimos séculos, autor de milhares sermões. Escreveu 144 livros e foi considerado Bispo segundo o Coração de Deus, pelo Papa Pio IX. O mais antigo catequista da sua época fundou a Congregação dos Missionários Filhos do  Imaculado Coração de Maria  (Claretianos) e das Religiosas de Maria Imaculada, atualmente espalhadas no mundo inteiro. Hoje, várias cidades a exemplo de Esteio, contam com uma Igreja dedicada ao Coração de Maria. Padre Claret foi Arcebispo de Santiago de Cuba, durante 7 anos. Iniciou inúmeras obras sociais, entre elas cooperativas, bibliotecas e livrarias. Foi conselheiro e confessor da Corte Real da Espanha durante 12 anos. Após a instauração dos processos de Beatificação e canonização, examinadas todas documentações e milagres a Igreja Católica elevou-o a glória dos Beatos e a 25 de fevereiro de 1034, Pio XI declarava então: “...figura verdadeiramente grande, Apóstolo infatigável, organizador moderno, precursor da Ação Católica, principalmente por meio da imprensa na qual talvez não foi superado por ninguém”. O Papa considerou Padre Claret, Santo proclamando oficialmente a sua canonização no dia 7 de maio de 1950, mas sua festa universal ainda é comemorada no dia 24 de outubro.

Antigo Templo da Igreja Coração de Maria em 1987

  Encontramos em seus apontamentos do dia 26 de agosto de 1861 o seguinte texto: “... encontrando-me em oração na Igreja do Rosário da Granja, às sete da tarde, o Senhor me concedeu a grande graça da conservação das espécies sacramentais e ter sempre de dia e de noite o Santíssimo Sacramento no meu peito”. No dia 6 de maio de 1862 pensou em riscar o que havia escrito e desistiu escrevendo o que segue: “...a Santíssima Virgem me disse que não riscasse e depois da missa, me disse Jesus Cristo que me havia concedido esta graça de permanecer no meu interior sacramentalmente”. Por isso o Padre Claret foi considerado pelos fiéis como “Sacrário Vivo” ou “Sacrário Permanente de Jesus Sacramentado”. No quadro oficial da sua Beatificação o Padre Claret aparece com uma hóstia resplandecente no peito, glorificando o grande devoto da eucaristia, pois ele conheceu durante a sua vida este inefável mistério.
 
A morte do Padre Claret

Padre Claret um incansável pregador
 Os Missionários do Coração de Maria não puderam gozar por muito tempo da sua companhia, velho enfermo e perseguido pela revolução espanhola teve que fugir para o Monastério Cisterciense de Frontfroide, Carcassonne, onde foi recepcionado pelo Abade João e seus monjes. Muito doente recebeu o Sacramento da Eucaristia (ou Viático que é a Eucaristia recebida por aqueles que estão para deixar esta vida terrena e se preparam para a passagem à vida eterna) e a Extrema Unção após uma prolongada agonia, entregando sua alma a Deus dia 24 de outubro, na primavera de 1870, às 8h 45min. Os sinos dobraram em homenagem ao Venerável ancião que viveu 63 invernos e agora está morto. Um catafalco coberto de crespão preto, como uma mãe enlutada abraça seu filho morto, envolvia com dor de um requien aeternam o corpo inerte do herói de Deus, enquanto a luz da vida, assim como a das velas enfraquecia e como as cores do tempo choravam lágrimas ardentes de cera virgem. Morreu um dos maiores santos que o mundo conheceu, sem dinheiro e sem pecados como desejara. O Padre Claret pronuncia suas últimas palavras no leito de morte: “Jesús Maria y José, em vuestras manos encomiendo mi espíritu”. Assim a morte, apaga a lâmpada do Sacrário de seu coração, onde ele aguardava “Jesus Hóstia”. Entre um tetagrama de quatro cipreste (ou Pinheiro-do-Canadá), estava o seu túmulo onde foram gravadas na lápide as seguintes palavras: “Aqui descansa o Exmo. E Revdmo. D. Antonio M. Claret, Arzobispo de Trajanópolis....porque ame la justicia y aborreci (abominei) La iniquidad, por eso muero em El destierro (no exílio)”. Abaixo deste túmulo está o seu corpo de luz, muito mais famoso do que em vida. Descansa agora este eminente benfeitor da humanidade, tão ricos em méritos como sobre carregado de trabalho nestes 63 anos de vida física.


 Conforme documentos comprobatórios, Padre Claret sabia exatamente o dia de sua morte e escreveu com antecedência a data exata sem nenhum dia de erro.

 
  Os restos mortais do Padre Claret ficaram neste cemitério até que no dia 13 de junho de 1897 foram levados para a cidade de Vich, o berço da Congregação. Os claretianos sempre dizem que muitos sinais extraordinários assinalaram a sua entrada na glória e muitos milagres depois de sua morte continuaram a sua santidade em vida.

  No dia 4 de dezembro de 1899 o Vaticano recebeu o Processo de Beatificação do Padre Claret. Em 6 de janeiro de 1926 são declaradas heróicas suas virtudes e no dia 18 de fevereiro de 1934 foram aprovados os seus milagres. Em 24 de fevereiro foi celebrado o Tuto (seguramente sem perigo), para a Beatificação e no dia 25 de fevereiro do mesmo ano a Congregação celebra a Beatificação pelo Papa Pio XI. No dia 13 de dezembro de 1940 foram aprova
dos todos os seus milagres para a Canonização. No dia 28 de fevereiro de 1950 foi celebrado pela Congregação o Tuto para a sua Canonização e no dia 17 de maio de 1950 o Papa Pio XII canoniza oficialmente Santo Antônio Maria Claret.

Religiosas de Maria Imaculada Missionárias Claretianas

  Os fundadores foram Santo Antonio Maria Claret e Madre Maria Antonia París, em Santiago de Cuba, no dia 25 de Agosto de 1855. Atualmente com presença nos 4 continentes (24 países), anunciando a palavra e evangelizando por todos os meios possíveis.

Espiritualidade: Cristocêntrica, Mariana, Missionária, Eclesial e Evangelizadora. É constituída de Irmãs Missionárias.

 Movimento dos Leigos Claretianos

  Santo Antonio Maria Claret também fundou em Vich, na Espanha, no dia 16 de julho do ano 1849 o Movimento dos Leigos Claretianos, atualmente com presença em 4 continentes , sendo fermento na massa dentro do carisma claretiano. Espiritualidade: Eucarística  Cordimariana. É constituída de leigos.

Congregação dos Filhos do Imaculado Coração de Maria

  Santo Antonio Maria Claret foi o fundador da Congregação dos Filhos do Imaculado Coração de Maria (Missionários Claretianos), em Vich, na Espanha, no dia 16 de julho de 1849. Com presença nos 5 continentes (mais de 70 países), os Serviço Missionário da Palavra pregam a Espiritualidade. Eucarística  Cordimariana é constituída de missionários Sacerdotes, Diáconos, Irmãos e Estudantes Seminaristas.


  Para melhor apresentar a verdade aos leitores sobre a vida deste Santo Católico a nossa revista pesquisou as páginas dos Processos de Canonização de Santo Antônio Maria Claret e algumas obras aprovadas pela Congregação na Espanha e pelas autoridades eclesiásticas, que considera todo Cristão um missionário, colaborador na pregação do Evangelho de Cristo e que a ação sacerdotal do leigo é uma decorrência do batismo. Se o leitor deseja mais informações sobre a vida de Santo Antônio Maria Claret ou sobre a Congregação escreva para o Secretariado Vocacional Claretiano: 

Caixa Postal, 94. CEP 14.300-000. Batatais/São Paulo. Telefone: (16) 3761.5081 e (16) 8138.6738. E-mail:  pvclarcmf@gmail.com


O Seminário Claretiano de Esteio

Seminário Claretiano em 1980

  A Congregação dos Filhos do Imaculado  Coração de Maria, adquiriu em 1939, através do Padre Felipe, o terreno onde foi construído o Seminário Claretiano de Esteio que foi inaugurado em 1940, no mesmo ano em que o casal benfeitor Michielon doou para o Seminário, uma pequena área de terra, onde existia um lndo parreiral. Naquela mesma oportunidade o Padre Felipe iniciou a construção da Igreja Coração de Maria, que foi inaugurada no dia 19 de março de 1943. Recentemente o prédio da Igreja matriz foi demolido para a construção de um novo Templo, com amplas e modernas instalações. Na opinião de muitos esteienses foi um ato impensado, inconsequentes e desnecessário, pois o prédio necessitava somente de restauração. Infelizmente todas as autoridades municipais, a comunidade esteiense em geral e os próprios paroquianos em particular, assistiram de braços cruzados a perda dos prédios do Seminário e da Igreja que causaram danos irreparáveis contra o patrimônio histórico da nossa cidade.

   Indicado e acompanhado pelo Padre Luis Negrini, o menino Valdomiro Vaccari, 13 anos, natural de São Francisco de Paula, foi o primeiro menino a ingressar no Seminário esteiense. A partir daí esta Instituição cresceu e multiplicou-se espalhando seus frutos por todo o País. Os padres mantinham as atividades diárias do Seminário, auxiliando na Igreja, no Hospital São Camilo e rezando missas na cidade de Sapucaia do Sul, para onde se dirigiam diariamente de bicicleta, com toda esta dedicação deram origem as igrejas que atualmente existem nesta vizinha cidade. Além deste trabalho a Congregação destacou-se em muitas outras atividades, religiosas, beneficentes, educacionais, sociais, desportivas, cívicas e culturais.

  Desde sua fundação até o encerramento de suas atividades o Seminário Claretiano nunca dependeu de auxílios financeiros oficiais, tanto municipais quanto estaduais e federais. Conforme apuramos, nenhum governo auxiliou a entidade estabelecida em Esteio, mas de certa forma, também não atrapalharam o crescimento de suas atividades na região.

  Durante o período de atividades muitos ex-alunos do Seminário de Esteio foram consagrados padres, outros médicos, advogados, engenheiros, jornalistas, radialistas, escritores, professores, empresários e administradores de empresas. As bases de formação moral, intelectual e espiritual receberam naquela tradicional casa religiosa, onde no dia 15 de fevereiro de 1950, também ingressou o conhecidíssimo Padre André Carbonera que fez parte da oitava turma de iniciados e que embora não esteja residindo em Esteio atualmente, aqui sempre está o seu coração.


Padre André Carbonera

 Este eminente educador claretiano, mesmo residindo em outro estado, ainda é considerado como um dos religiosos mais queridos da comunidade católica esteiense, que sempre teve por ele grande respeito e sincera admiração.

Com dedicação integral a Congregação dos Filhos do Imaculado Coração de Maria e efetiva participação comunitária, Padre André com seu sorriso e alegria  conquistou o coração dos esteienses.

  O “Andrézão”como é carinhosamente conhecido, comemora em outubro seu 74º Aniversário Natalício e a história de sua vida está para sempre ligada a Esteio e a nossa comunidade.

   
A situação do antigo Seminário de Esteio mudou para pior

O Seminário Claretiano que foi um marco na história do município está praticamente abandonado

  Hoje, a maioria dos esteienses pouco sabem sobre o que está acontecendo com o prédio do antigo seminário. Aquela enorme afluência de pessoas foi dramaticamente reduzida e aos poucos todos desapareceram. As suas majestosas edificações, aos poucos foram desativadas e nos últimos anos não existe mais nenhuma manifestação de vida por lá. Entregue ao total abandono um dos prédios foi vítima de um grande sinistro, vândalos também destruíram o outro. Infelizmente a situação do antigo Seminário Claretiano de Esteio é bem diferente do que era antigamente quando abrigava um grande número de seminaristas, padres, professores e muitos funcionários da Congregação.

  Pelo que se sabe a Central Claretiana, sediada no Estado de São Paulo, decidiu transferir o pessoal do Seminário de Esteio para a cidade de Pato Branco, no Paraná e desde 1991 ele foi fechado e suas atividades encerradas no município de Esteio. 

  Os esteienses mais antigos reconhecem que a comunidade  muito se beneficiou dos trabalhos destes Padres Claretianos, nos velhos tempos, quando a municipalidade sem recursos, diariamente buscava socorro no Seminário e os abnegados Padres e Irmãos acolhiam a todos sem a menor distinção, resolvendo ou pelos menos, amenizando a situação. Será que a população esteiense e as nossas autoridades municipais, em tão pouco tempo, já esqueceram tudo isto.





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